Um Disco por Semana: Gal Costa – Fa-tal (1971)

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Gal Costa – Fa-tal (1971)

Em 1971, Gal Costa estrelava uma série de concertos no teatro Tereza Raquel. O nome do espetáculo era “Fatal” e o Rio de Janeiro esbanjou-se naquele grande momento que a cantora vivia.

A turnê foi considerada pela crítica como um marco na sua carreira. O resultado destas apresentações foi compilado em um álbum duplo, o álbum “Fa-Tal – Gal a Todo Vapor”.

No repertório da cantora, uma miscelânea de canções que passou desde a tradição de Ismael Silva e o folclore baiano à vanguarda de Caetano Veloso e Jorge Ben. Destaque para as interpretações de “Pérola Negra” (do então novato Luiz Melodia), “Vapor Barato” (de Jards Macalé e Waly Salomão), “Como Dois e Dois” (de Caetano) e “Sua Estupidez” (de Roberto e Erasmo Carlos).

O LP foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o 20º melhor disco brasileiro de todos os tempos.

Download aqui!

Tato é colaborador do Blog do Peppers e escreve no “Dia 36“.

 

Um Disco por Semana: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa – Doces Bárbaros (1976)

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Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa – Doces Bárbaros (1976)
Da série: “Fera”

Hoje queria postar um disco diferente, mas infelizmente, mesmo com todas minhas ferramentas de pesquisa, eu não consegui achar o super “Barra: 69 – Caetano Veloso e Gilberto Gil ao vivo na Bahia“. Então optei por outro clássico. Segue o baile!

Doces Bárbaros é o nome do quarteto formado por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa, que resolveram desta forma homenagear os seus 10 anos de carreira solo. O projeto consistia em realizar shows, gravar um disco ao vivo e registrar tudo em um documentário.

Idealizado por Maria Bethânia, pode-se inclusive dizer que eram uma típica banda dos anos 70, mas sua característica marcante é a brasilidade e o regionalismo baiano. Interpretaram composições de Caetano e Gil, fora algumas canções de outros compositores como “Fé cega, faca amolada” de Milton Nascimento, por exemplo.

O disco de 1976 é considerado por muitos uma obra-prima da música brasileira, mas, curiosamente, na época do lançamento, foi duramente criticado. Gil foi preso em Florianópolis-SC por porte de drogas, fato que acabou sendo registrado no documentário Os Doces Bárbaros. Enfim, grande disco, grandes artistas e grande também é a nossa sorte de poder ouvir esse momento mágico da música.

Pra baixar o disco, bora colar aqui!

Tato é colaborador do Blog do Peppers e escreve no “Dia 36“.

Viva Paulo Leminski!!!

Se estivesse vivo, Paulo Leminski completaria hoje 68 anos! Mais do que um poeta, Leminski foi um curioso sobre a vida, a arte e a música. 

Na arte publicou diversos textos, contos e livros, como o famoso “Catatau“, que segundo o próprio denominou como uma “prosa experimental”. Na música Paulo Leminski também deu sua contribuição valiosíssima. Caetano Veloso, Blindagem, A Cor do Som e o Beijo AA Força, foram algumas das parcerias musicais que o poeta acumulou durante sua vida!

Você pode encontrar muitas canções dele principalmente na história da banda curitibana Blindagem, ou mais precisamente na parceria entre Paulo e Ivo Rodrigues (vocalista da Blindagem) dos anos 70 em diante.

Com poemas curtos, às vezes até em forma de haicais, Leminski enxergava o mundo de uma maneira diferente e crítica, e claro, colocou tudo no papel!

A gente adora esses poeminhas:

“o mar o azul o sábado
liguei pro céu
mas dava sempre ocupado”

“isso de querer ser 
exatamente aquilo 
que a gente é 
ainda vai 
nos levar além”

“O pauloleminski
é um cachorro louco
que deve ser morto
a pau e pedra
a fogo a pique
senão é bem capaz
o filhadaputa
de fazer chover 
em nosso piquenique”

“Não fosse isso 
e era menos
Não fosse tanto 
e era quase”

“Haja hoje para tanto ontem”

“ameixas
ame-as
ou deixe-as”

“Aqui jaz um grande poeta. Nada deixou escrito. Este silêncio, acredito, são suas obras completas”

Na música tem muita coisa boa dele também. Ó só:

“Verdura” com a banda Blindagem:

“Sou legal eu sei” com a banda Blindagem:

“Pernambuco Meu” com Moraes Moreira:

Pra você que quer curtir mais de Paulo Leminski fique ligado que hoje vai rolar lá na Fnac um bate papo com as filhas do poeta, Estrela e  Áurea. As meninas apresentarão temas da vida e obra, as diversas faces do escritor, suas particularidades e dividirão histórias vivenciadas junto ao seu pai. Não dá pra perder né! O evento começa às 19:30h e tem entrada gratuita.

Hoje rola também lá no Museu da Imagem e do Som a mostra “Paulo Leminski no Cinema” onde será apresentado vários curtas-metragem baseados nas obras de Paulo Leminski. Entre os títulos apresentados estão: Meu Nome é Paulo Leminski (curta-metragem) – direção de Cesar Migliorin, Erra Uma Vez (curta-metragem) – direção de Leopoldo Nunes e Sergio Basbaum, Polaco Loco Paca (direção de João Knijnik) e Ervilha da Fantasia (média-metragem) – direção de Werner Schumann.

Mas corre que é só hoje e começa a partir das 19:30h com entrada liberada! O endereço pra você chegar fácil é este: Auditório Brasílio Itiberê – Rua Cruz Machado, 138 – Centro – Curitiba (anexo à Secretaria de Estado da Cultura).

Pra fechar as comemorações, tá rolando também lá na Biblioteca Pública uma exposição de fotografias, todas em preto e branco, feitas pelo fotógrado Dico Kremer, amigo íntimo de Paulo Leminski, que revela momentos do cotidiano do poeta. 

Se estivesse vivo, Leminski completaria 68 anos em 2012 (Foto: Dico Kremer/SEEC/Divulgação)

A mostra fica até o dia 28 de setembro de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30 e aos sábados, das 8h30 às 13h, com entrada liberada!!!

Agora, se nem isso é suficiente recomendamos que leia a biografia de Paulo Leminski escrita por Toninho Vaz e chamada de “O Bandido que sabia Latin“. Já dei essa dica por aqui a um tempo atrás, mas dica boa vale pra sempre né! 😉

Viva Paulo Leminski e sua contribuição importantíssima para a cultura brasileira!! \o/

*Foto: 1ª: Divulgação e 2ª Dico Kremer

Caetano Veloso e a Tropicália

Hoje Caetano Veloso está completando 70 anos! Pra quem chegou agora e pensa que só “Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois…” é que faz dele um cantor, engana-se completamente! 

Caetano foi um dos  precursores do movimento ‘Tropicalismo’ que começou no final da década de 60 junto com outros artistas, tais como: Gil, Maria Bethania, Tom Zé, Os Mutantes, Gal Costa, Jorge Ben (…).  Com influências da cultura pop brasileira e estrangeira, o movimento era uma mistura de estilos musicais que iam desde o rock, misturado com a bossa nova, baião, samba, bolero e o que mais desse melodia.

Nas letras, além do tom poético, havia pitadas de reivindicação contra a ditadura militar, o abuso do poder e a censura! Mas também tinha o cotidiano cantado de uma forma inovadora e criativa!

O livro “Tropicália – A História de Uma Revolução” – de Carlos Calado, conta tudinho como foi este movimento incrível que acrescentou guitarras elétricas e deixou os conservadores de cabelos brancos! Vale a pena ler, é ótimo! 😉

E pra celebrar estes 70 anos, a gente resolveu mostrar pra vocês o que mais nos agrada desta época na voz de Caetano. Bora?

Tropicália:

Alegria, Alegria:

Atrás do Trio Elétrico:

E essa lindeza de encontro com Rita Lee, Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil em Parque Industrial:

Pra saber mais sobre o movimento Tropicália vem por aqui e pra saber mais sobre Caetano vem aqui!

Parabéns Caetano!!! 😉